Essa é a lição mais básica que se pode aprender sobre a tal da vírgula, ela não é respiração e tampouco sentimento. É, eu sei que você acha que sente a vírgula no coração, e aí a coloca no texto, MAS ELA NÃO É SENTIDA, MUITO MENOS RESPIRADA!
A vírgula nasceu e foi revivida na antiguidade com um único objetivo: organizar o texto. Deixar as ideias claras e bem colocadas.
“Os bilionários que andam de foguete são todos soberbos e amostrados.”
“Os bilionários, que andam de foguete, são todos soberbos e amostrados.”
Na primeira frase, há uma especificação. Não são todos os bilionários que são soberbos e amostrados, são só os que andam de foguete. Enquanto na segunda houve uma generalização, todos os bilionários são soberbos e amostrados e, ainda por cima, andam todos nos seus foguetes aeroespaciais com formatos duvidosos.

Tudo isso por uma colocação de vírgulas.
Às vezes uma vírgula é o que separa o céu do inferno.

Existe uma ordem natural da língua, chamada SVC ou SVO (se você chamar o complemento de objeto):
Sujeito, o dono da ação, quem faz algo;
Verbo, a ação, o que foi feito;
Complemento (objeto), informação que completa o sentido do verbo.
A gente aprende a dar um passo só de cada vez.
A vírgula serve para indicar quando que algo sai do lugar, como um moço vestido de amarelo no trânsito te explicando que mudou a faixa por causa das construções, ele te avisa que tem algo não natural no meio.
A gente aprende, um dia, a dar um passo só de cada vez.
Entendeu? Então parem de respirar e sentir a vírgula e passem a utilizá-la de modo consciente!